No município em que Dilma pensa em entrar de trem famílias bebem lama para não morrer de sede!

A reportagem da TV Clube esteve nacidade de Paulistana, cidade que receberá a presidente Dilma nesta sexta-feira 11, registrando a realidade dos moradores daquela cidade que enfrentam o drama de uma seca que já dura quatro anos.

A reportagem de Neyara Pinheiro foi exibida na edição da quarta-feira (09) no Jornal Nacional. Coincidência ou não o município será um dos visitados pela presidente Dilma Rousseff na, que cumprirá agenda no Piauí.


A cidade é mais uma das que decretou estado de emergência por conta da seca. A equipe de reportagem pegou a estrada rumo a comunidades sem energia elétrica, no meio do nada, onde moram famílias humildes, as que mais sofrem com os efeitos da estiagem.


A primeira parada foi na casa do Seu Teodoro e da Dona Raimunda. Todos os dias ela tem como principal tarefa conseguir água para família.


Eles falaram que era pertinho, mas eu acho que vai dar mais ou menos dois quilômetros de caminhada, “Pra nós é perto, pra nós eu acho que é perto, quer dizer que a gente é acostumada a fazer todo dia”. De acordo com a reportagem a agricultora pega água para a família 5 vezes por dia.

No lugar onde ela pega água, uma situação difícil de acreditar: no leito do riacho que secou, os moradores cavaram buracos na tentativa de encontrar água, mas tudo o que acabam conseguindo é lama.

E não é só a família da Dona Raimunda que necessita dessa água. No município, são pelo menos 30 pessoas que precisam da mesma fonte pra sobreviver. “A gente tem que remediar com o que tem”, disse Raimunda.
Seguindo viagem, não muito longe, a equipe encontrou o Vasco, a Cosmina e os dois filhos. Com ele, também saíram em busca de água. Agora num percurso bem mais longo do aquele da Dona Raimunda.

“Se não for forte e tiver coragem, não vive nesse lugar aqui”, afirmou Vasco de Jesus Rodrigues.

Vasco faz o percurso pelo menos três vezes ao dia. São quase duas horas de caminhada. Para ter a água suja, eles fizeram um poço no leito de um riacho, que também secou. E ainda tem as abelhas, para dificultar um pouco mais. “É importante pra nós e para os bichos. Se não tivesse ela não dava para viver”, ressaltou Vasco.


                                

(JN/180/tv Clube).

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